7.6.05

Nota de Falecimento

Minha poesia está morta.
Escorreu por entre lágrimas dolorosas
E se perdeu.
Morreu...

Evaporou-se na desesperança.
E se misturou à fumaça amarga
daquele cigarro intragável.
Foi tragada pela tristeza...

Morreu sufocada pelo não dito.
Pelo silêncio das palavras esquecidas.
Sufocada pelo grito ensurdecedor
de sua própria dor.

Morreu afogada em mágoas.
Ensanguentada por feridas abertas.
Envergonhada e esquecida.
Agonizante em estado terminal.

Morta.
Minha poesia está morta.
E não ressurgirá de cinza alguma.
Pois que cinza ela já é.

3 Comments:

Anonymous Anônimo devaneia...

Acho que continua beeem viva.

7/6/05 21:03  
Anonymous Anônimo devaneia...

Que paradoxo neh?Como algo que morreu pode ser tão pulsante de vida ainda que angustiado? :P

9/6/05 08:06  
Anonymous Anônimo devaneia...

Morreu não, continua bem viva pelo que vejo e leio.

=*

9/6/05 17:25  

Postar um comentário

<< Home