O cansaço do éter
[...] Cansado até do seu quarto onde não mais cabia sua solidão incompartilhável: porque lá agora habitava uma mulher de quem ele nem se lembrava mais. Talvez tivesse surgido de seu imaginário fértil ou dos seus atos inconseqüentes. Ou quem sabe fosse uma projeção temporária de alguém para lhe aliviar a dor ou culpa. Podia ser só alguém que o vento lá deixou, e que mais cedo ou mais tarde, levaria de volta. Talvez aquela mulher fosse o reflexo de uma realidade indesejada. Ou só mais um teste para se redescobrir inexistente. Mas, nada disso importava. Sentiu que até daquela mulher ele já estava cansado. [...]
1 Comments:
É, o vazio está sempre por perto, as vezes mais perto de alguns...
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