30.8.06

vontade de sentir
os meus cabelos
bagunçados
e molhados
do suor
do nosso
sexo.

[...]

it's true you really do abuse me
you get me in a crowd a high class people
and then you act real rude to me
me come
com os dedos
que eu
te engulo
com as pernas.

metáfora do dia

"uma longa caminhada por areias movediças"
à espera...
daquela velha novidade.
do eco daquele anúncio.
do prelúdio do meu fim.
espero.

24.8.06

ecos.

os trechos graves da fiona fazem eco na minha cabeça.

e isso me faz lembrar das suas paredes.
e do meu corpo, repletos de ecos.

depois de uma boa trepada, observo seu bocejo indiferente.
aquele que precede seu sono irresistível depois de ter todos seus músculos relaxados pelo belo gozo deixado dentro de mim.

acendo um cigarro, e meu trago me denuncia: o prazer ainda me percorre o corpo.

você pensa em outra.
eu sei.
e nem pergunto.
hoje, especialmente, hoje...
não tô afim de ouvir.

'keep on using me, keep on using me'

fiona faz ecos.
intermináveis ecos.

você adormece sempre antes de mim.
e meus olhos percorrem seu corpo. cansado e confuso.
eu levanto, e você nem vê.
e meus olhos percorrem suas paredes. pálidas e vazias.

procuro minha calcinha. na porta.
minha blusa, na sala.
minha saia, na cozinha.
e você, no quarto. mergulhado na solidão do seu lençol.

me despeço. e te deixo espaçoso na sua cama de casal.

23.8.06

o quê cansa você?

21.8.06

2+2=5
perdi as contas de quantas vezes senti esse descaso me ferir a pele.
perdi as contas de quantas vezes já quis dizer "foda-se", mas as letras ficavam presas entre meus dentes.
perdi as contas de quantas vezes meu corpo implorava por um cigarro e morria aos poucos sem a possibilidade desse prazer, por culpa de uma moralidade anti-tabagista de merda qualquer.
perdi as contas de quantas vezes desacreditei no amor.
perdi as contas de quantas vezes achei que amava.
perdi as contas de quantas vezes sonhei. e acordei.

perdi as contas de mim mesma.

14.8.06

me faz um agrado.
mas, só se for de bom grado.

me tira pra dançar.
com rodadinhas,
caidinhas
e olhares.

me acompanha
nos graves da fiona.
e me faz
derreter.

[mexe com minhas pernas.]

oh, it's evil, babe.



fiona apple - shadowboxer

Once my lover, now my friend.
What a cruel thing to pretend.
What a cunning way to condescend.
Once my lover, now my friend.

Oh, you creep up like the clouds.
And you set my soul to ease.
Then you let your love abound.
And you bring me to my knees.

Oh, its evil, babe,
The way you let your grace enrapture me.
When, well, you know, Id be insane -
To ever let that dirty game recapture me.

You made me a shadowboxer, baby.
I wanna be ready for what you do.
I been swinging all around me.
cause I dont know when youre gonna make your move.

Oh, your gaze is dangerous.
And you fill your space so sweet.
If I let you get too close,
Youll set your spell on me.

So, darlin, I just wanna say.
Just in case I dont come through.
I was on to every play.
I just wanted you.

But, oh, its so evil, my love,
The way youve no reverence to my concern.
So, Ill be sure to stay wary of you, love,
To save the pain of once my flame and twice my burn.

You made me a shadowboxer, baby.
I wanna be ready for what you do.
I been swinging all around me.
cause I dont know when youre gonna make your move.

about yesterday.

about two years.

about talking smiles.
about sorrows and kisses.
and sorrows.

about love.
about friendship.
and lovers.

about memories.
about forever.
and today.

i cried a river over you.

hoje,
eu sou dessas melodias que me invadem.
dessas, sabe?
que você ouve e não sabe usar nenhuma das milhares de palavras que conhece pra descrever a sensação que lhe tomou por inteira.

hoje,
a noite é cansaço.
sono.
noite mal dormida.

mas,
é olho atento pra qualquer sinal de vida.
pra qualquer sinal de amor.
são olhos tomados de lágrimas causadas por não-motivos.
lágrimas de melodia.
a internet me embrulha o estomâgo.

como cego em tiroteio

já não sei mais em que chão piso.

9.8.06

vai ver
o acaso
entregou
alguém
pra lhe
dizer
o que
qualquer
dirá.

...

[e logo, eu me derreto de novo]

frio na barriga.


a impossibilidade do inédito me assola.

7.8.06

algo sobre mim.

preciso aprender a ser só.

[de onde é isso mesmo, hein?]

porque eu ofereço amor.
mas, ofereço também a possibilidade de mágoa o tempo todo.
e de quebra, ofereço a culpa. a culpa pela mágoa.


[porque amar é algo que mói por dentro]