29.8.05

Fora algumas
parcas risadas,
do nosso amor
bento de lágrimas
só restou nós dois.
[e basta]

28.8.05

C.V.

Quero ficar com você

Não deixe que o nosso amor

Seja um corisco no caos

Mas passos da liberdade

Pisando seus degraus

Feitos de momentos bons

E de momentos maus

De descobertas, de ventos, velas, naus

Amarante

Se a gente já não sabe rir um do outro,
meu bem, então, o que resta é chorar.
E talvez, se tem que durar,
vem renascido o amor bento de lágrimas.

27.8.05

Os meus ossos gritam de cansaço.

23.8.05

Paulo Leminski

Amor, então,
também acaba?
Não, que eu saiba.
O que eu sei
é que se transforma
numa matéria-prima
que a vida se encarrega
de transformar em raiva.
Ou em rima.

17.8.05

Björk

Com a palma da mão cheia de estrelas,
eu as arremesso como dados.
Eu as agito como dados
e as jogo sobre a mesa.

Repetidamente.
Repetidamente.
Repetidamente.

Até que a constelação desejada apareça.

16.8.05

percepção

People are strange.

14.8.05

Poesia?

Queria algo
que me alcamasse
o desespero financeiro
e a preocupação com
o futuro acadêmico.
Algo qualquer
que me proporcionasse
liberdade sem mentiras:
um cigarro e
uma bebida
bem à vontade.
Um lar sem hora
pra voltar.
Uma tatuagem pra se mostrar...

Queria algo que me
trouxesse perspectiva
pra minha paz de espiríto.
Algo que me devolvesse
a inspiração daqueles
versos de amor.

Poesia.
Queria algo que fosse,
no mínimo,
poesia.

12.8.05

Ana Carolina

"Esse calor que sai de você embaçou o meu retrovisor.
Você não quer que eu olhe pra trás e diz que o passado já passou.
Esse calor que sai do cigarro que você fuma falando de amor."

Neruda - Nupcial

Nem Richard Moran, nem Foucault, muito menos Nietzsche.

Ao final da primeira semana de aulas, eu li Pablo Neruda.

Li a dedicatória feita pra mim.

Li e reli aquele poema de outrora.

Li.

"Como um espelho ou uma espada eu a colocarei,
e abrirei até a morte suas pernas temerosas,
e morderei suas orelhas e suas veias,
e farei que retroceda de olhos fechados
num espesso rio de sêmen verde"

PQP

Acaso dos infernos!

10.8.05

Eduardo Costa

De fato.
Mais fácil aprender japonês em braile.
Do que você se decidir...
Entre sim ou não.

=p~
Hihihihihi!

7.8.05

Notas Noturnas III

Lenina desejou que aquele beijo que lhe aquecia todo o corpo do frio durasse a eternidade. E durou. A eternidade que lhe cabe: a de um beijo de boa noite.

Notas Noturnas II

Stela nunca tinha a intenção de reclamar de nada.
Ao contrário de seu velho conhecido, não gostava tanto assim de reclamar.
Mas, problematizava demais.
Pensava demais.

E Stela sempre tinha a impressão de que ele ficava de saco cheio daquilo que ele achava que era reclamação.

Notas Noturnas

Talvez o único medo de Owen fosse o de que ela jamais conseguisse compreendê-lo. Toda vez que conversavam sobre eles, Owen ficava com a sensação de que sempre haveria um vão entre o que cada um dizia sobre aquela mesma coisa.
No fundo, ambos sabiam, ou melhor, sentiam que estavam se entendendo muito bem.
E se entendiam.

4.8.05

Se quer saber,
deixa estar.
Por que eu desculpo as pessoas antes mesmo que elas pensem em dizer "foi mal"?

3.8.05

Quase fim

Cada vez mais perto do fim.

Esse blog está para acabar.
Não quero escrever esse poema.
Não quero nunca
Me lembrar desse sentimento.
Tenho fugido do papel
e caneta desde então.

Mas, minha fuga
não alcança meu sentimento.

Nunca consigo me esquecer dele.